sexta-feira, 25 de março de 2011

PAULO TESTIFICA DE CRISTO EM ROMA

Pastor Altair Germano.

Penso ser interessante para o professor da EBD, num primeiro momento, trazer para o seu aluno um pouco da história de Roma. As informações desta primeira parte deste subsídio foram tiradas da Wikipédia (Roma Antiga. Disponível em http://wikipedia.org. Acesso em 22/03/2011). O uso de um mapa da viagem de Paulo a Roma se torna um recurso didático necessário para essa lição.

ROMA ANTIGA

A
Roma Antiga foi uma civilização que se desenvolveu a partir da cidade-Estado de Roma, fundada na península Itálica durante o século VIII a.C. [1].
Durante os seus doze séculos de existência, a civilização romana transitou da monarquia para uma república oligárquica até se tornar um vasto império que dominou a Europa Ocidental e ao redor de todo o mar Mediterrâneo através da conquista e assimilação cultural. No entanto, um rol de fatores sócio-políticos iria agravando o seu declínio, e o império seria dividido em dois. A metade ocidental, onde estavam incluídas a Hispânia, a Gália e a Itália, entrou em colapso definitivo no século V e deu origem a vários reinos independentes; a metade oriental, governada a partir de Constantinopla passou a ser referida como Império Bizantino a partir de 476 d.C., data tradicional da queda de Roma e aproveitada pela historiografia para demarcar o início da Idade Média.

AS PROVÁVEIS ORIGENS DO NOME "ROMA"
A etimologia do nome da cidade é incerta, e são várias as teorias que nos chegam deste a Antiguidade. A menos provável indica-nos que derivaria da palavra grega Ρώμη (Róme), que significa "bravura", "coragem". Mais provável é a ligação co
m a raiz *rum-, "seios", com possível referência a uma loba (em latim, lupa) que teria adotado os gêmeos Rómulo e Remo que, segundo se pensa, seriam descendentes dos povos de Lavínio. Rómulo mataria o seu irmão e fundaria Roma.
OS PRIMEIROS POVOS

Roma cresceu com a sedentarização dos povos no monte Palatino até outras colinas a oito milhas do mar Tirreno, na margem Sul do rio Tibre. Outra destas colinas, o Quirinal, terá sido, provavelmente, um entreposto para outro povo itálico, os Sabinos. Nesta zona, o Tibre esboça uma curva em forma de "Z" contendo uma ilha que permite a sua travessia. Assim, Roma estava no cruzamento entre o vale do rio e os comerciantes que viajavam de Norte a Sul pelo lado ocidental da península. A data tradicional da fundação (21 de abril de 753 a.C.[2]) foi convencionada bem mais tarde, no final da a República por Públio Terêncio Varrão[1], atribuindo uma duração de 35 anos a cada uma das sete gerações correspondentes aos sete mitológicos reis. Foram, no entanto, descobertas peças arqueológicas que indicam que a área de Roma poderá já ter estado habitada tão cedo quanto 1400 a.C.


O DOMÍNIO ETRUSCO
Após 650 a.C., os etruscos tornaram-se dominantes na península Itálica, expandindo-se para o centro-norte da região. Alguns historiadores modernos consideram que a este movimento estava associado o desejo de dominar Roma e talvez toda a região do Lácio, embora o assunto seja controverso. A tradição romana apenas nos informa que a cidade foi governada por sete reis de 753 a.C. a 509 a.C., iniciando-se com o mítico Rómulo que, juntamente com o seu irmão, Remo, teriam fundado Roma. Sobre os últimos três reis, especialmente Tarquínio Prisco e Tarquínio, o Soberbo, informa-nos ainda que estes seriam de origem etrusca — segundo fontes literárias antigas, Prisco seria filho de um refugiado grego e de uma mãe etrusca — e cujos nomes se referem a Tarquinia.

A REPÚBLICA ROMANA

República Romana é a expressão usada por convenção para definir o Estado romano e suas províncias desde o fim do Reino de Roma em 509 a.C. ao estabelecimento do Império Romano em 27 a.C.

No virar para o século V a.C., Roma uniu-se às cidades latinas como medida defensiva das incursões dos sabinos. Vencedora da batalha do Lago Regillus, em 493 a.C., Roma estabeleceu novamente a supremacia sobre as regiões latinas que perdera com a queda da monarquia. Após séries de lutas, a supremacia veio a consolidar-se em 393 a.C., com a subjugação dos volscos volsci e dos équos aequi. No ano anterior já teriam resolvido a ameaça dos vizinhos veios, conquistando-os. A potência etrusca estava agora confinada exclusivamente à sua própria região, e Roma tornara-se na cidade dominante do Lácio. No entanto, em 387 a.C., Roma seria saqueada pelos gauleses liderados por Breno, que já tinha sido bem-sucedido na invasão da Etrúria. Esta ameaça seria rapidamente resolvida pelo cônsul Marco Fúrio Camilo, que derrotou Breno em Tusculum pouco depois.
Para assegurar a segurança do seu território, Roma empenhou-se na reconstrução dos edifícios e tornou-se ela própria a invasora, ao conquistar a Etrúria e alguns territórios aos gauleses, mais a norte. Em 345 a.C., Roma voltou-se para Sul, a combater outros latinos, na tentativa de assegurar o seu território contra posteriores invasões. Neste quadrante, o seu principal inimigo eram os temidos samnitas que já haviam derrotado as legiões em 321 a.C.. Apesar desses e outros contratempos temporais, os Romanos prosseguiram a sua expansão casual de forma equilibrada. Em 290 a.C., Roma já controlava mais de metade da península Itálica e, durante esse século ainda, os romanos apoderaram-se também das poleis da Magna Grécia mais a sul.
Segundo a lenda, Roma tornou-se numa República em 509 a.C., quando um grupo de aristocratas expulsou Tarquínio, o Soberbo[1]. No entanto, foram necessários vários séculos até Roma assumir a forma monumental com que é popularmente concebida. Durante as Guerras Púnicas, entre Roma e o grande império mediterrânico de Cartago, o estatuto de Roma aumentou mais ainda, já que assumia cada vez mais o papel de uma capital de um império ultramarino pela primeira vez. Iniciada no século II a.C., Roma viveu uma significativa explosão populacional, com os agricultores ancestrais a trocarem as suas terras pela grande cidade, com o advento das quintas operadas por escravos obtidos durante as conquistas, as latifundia.
Em 146 a.C., os Romanos arrasaram as cidades de Cartago e Corinto, anexando o Norte de África e a Grécia ao seu império e transformando Roma na cidade mais importante da parte ocidental do Mediterrâneo. A partir daqui, até ao final da República, os cidadãos iriam empenhar-se numa corrida de prestígio, suportando a construção de monumentos e grandes estruturas públicas. Talvez a mais notável tenha sido o Teatro de Pompeu, erigido pelo general Gneu Pompeu Magno (Pompeu), que era o primeiro teatro de caráter permanente alguma vez construído na cidade. Depois de César regressar vitorioso das conquistas gálicas e subsequente guerra civil com Pompeu, embarcou num programa de reconstrução sem precedentes na história romana. Seria, no entanto, assassinado em 44 a.C. com a maioria dos seus projetos ainda em construção.
O IMPÉRIO ROMANO
No final da República, a cidade de Roma ostentava já a imponência de uma verdadeira capital de um império que dominava a totalidade do Mediterrâneo. Era, na altura, a maior cidade do mundo e provavelmente a mais populosa cidade já construída até o século XIX. Estimativas dos picos populacionais variam entre menos de 500.000 e mais de 3,5 milhões, embora valores mais populares pelos historiadores variem entre 1 milhão e 2 milhões. A grandeza da cidade aumentou com as intervenções de Augusto, que completou os projetos de César e iniciou os seus próprios, como o Fórum de Augusto, e o Ara Pacis ("Altar da Paz"), em celebração do período de paz vivido na altura (Pax Romana), redefinindo também a organização administrativa da cidade em 14 regiões. Os sucessores de Augusto tentaram prosseguir essa linha edificadora deixando as suas próprias contribuições na cidade. O grande incêndio de Roma, durante o reinado de Nero, iria destruir grande parte da cidade mas, por sua vez, iria permitir e impulsionar uma nova vaga do desenvolvimento edificador.

É no contexto deste período que se dá os acontecimentos envolvendo a vida e o ministério do apóstolo Paulo.

A SOCIEDADE ROMANA

Os principais grupos sociais que se construíram em Roma eram os patrícios, os clientes, os plebeus e os escravos.
  • Patrícios: eram grandes proprietários de terras, rebanhos e escravos. Desfrutavam de direitos políticos e podiam desempenhar altas funções públicas no exército, na religião, na justiça ou na administração. Eram os cidadãos romanos.
  • Clientes: eram homens livres que se associavam aos patrícios, prestando-lhes diversos serviços pessoais em troca de auxílio econômico e proteção social. Constituíam ponto de apoio da dominação política e militar dos patrícios.
  • Plebeus: eram homens e mulheres livres que se dedicavam ao comércio, ao artesanato e aos trabalhos agrícolas. Apesar da conotão do nome, havia plebeus ricos.
  • Escravos: Representavam uma propriedade, e, assim, o senhor tinha o direito de castigá-los, de vendê-los ou de alugar seus serviços. Muitos escravos também eram eventualmente libertados.
A ORIGEM DA IGREJA EM ROMA

Aos olhos humanos o evangelho não teria a mínima chance em Roma. O seu esplendor, imponência, poder e glória promoviam um certo ar de arrogância, prepotência e altivez. Parecia ser uma fortaleza intransponível em todos os sentidos.

O evangelho não chegou a Roma por intermédio de Paulo. Conforme Becker (2007, p. 468), o cristianismo expandiu-se do oriente para o ocidente. A origem dessa comunidade parece ser anterior a primeira missão de Paulo na Macedônia e na Grécia (At 16: 6-10), pois, em torno de 50 d.C., ele inicia uma amizade em Corinto (At 18:-4) com o casal Priscila e Áquila, provenientes de Roma. A comunidade de Roma seria, dessa forma, a primeira comunidade cristã que se teria notícias em solo europeu. Antes de 50 d.C. só havia cristãos na Palestina, Síria e Ásia Menor. Sendo assim, é provável que Roma tenha entrado em contato com o cristianismo por meio dessas regiões.

Stott (2003, p. 434) afirma que não se sabe como e quando o evangelho chegou a Roma e foi fundada uma igreja ali. Em seu comentário de Atos trabalha a hipótese de que alguns visitantes de Roma em Jerusalém por ocasião do Pentecoste (At 2:10) se converteram, e levaram o evangelho para casa. Seguindo essa hipótese, Pohl (1999, p. 19) escreve:

Na capital do império desenvolveu-se, no século I, o maior centro judaico do mundo antigo. Calcula-se que tivesse dezenas de milhares de membros. Foi possível comprovar a existência de pelo menos treze comunidades sinagogais na cidade. Mantinham um contato intenso com Jerusalém. As pessoas viajavam para lá e para cá como comerciantes, artesãos e, não por último, como peregrinos devotos (cf. At 2.10). Encaixa-se bem nesse quadro que nos cultos sinagogais em Roma aparecessem certo dia também judeus de Jerusalém que se haviam convertidos a Cristo. Confessaram sua fé, dando origem a um movimento cristão muito vivo. Desse modo o cristianismo em Roma originou-se da atuação de crentes para nós anônimos. No que concerne à época, caberá evidenciar em seguida que esses inícios remontam pelo menos já aos anos quarenta, ou seja, uma década inteira antes da primeira viagem missionária de Paulo. Não foi ele o primeiro missionário na Europa; nem foi em Filipos que se constituiu a primeira igreja européia.

A igreja em Roma era uma comunidade mista, constituída de judeus e gentios, onde o segundo grupo parecia prevalecer em número (Rm 1:5, 13; 11:13). Há sinais de conflitos entre os dois grupos, no que tudo indica, gerado por questões teológicas (Rm 14; 16:17-18) que envolvia o cristianismo judaizante e o cristianismo livre da lei (STOTT, 2007, p. 32-33).

O DESEJO DE PAULO DE VISITAR A IGREJA EM ROMA

O desejo de visitar Roma é algo manifesto nos escritos paulinos:

Porque não quero, irmãos, que ignoreis que, muitas vezes, me propus ir ter convosco (no que tenho sido, até agora, impedido), para conseguir igualmente entre vós algum fruto, como também entre os outros gentios. (Rm 1:13)

Essa foi a razão por que também, muitas vezes, me senti impedido de visitar-vos. Mas, agora, não tendo já campo de atividade nestas regiões e desejando há muito visitar-vos, penso em fazê-lo quando em viagem para a Espanha, pois espero que, de passagem, estarei convosco e que para lá seja por vós encaminhado, depois de haver primeiro desfrutado um pouco a vossa companhia. Mas, agora, estou de partida para Jerusalém, a serviço dos santos. Porque aprouve à Macedônia e à Acaia levantar uma coleta em benefício dos pobres dentre os santos que vivem em Jerusalém. Isto lhes pareceu bem, e mesmo lhes são devedores; porque, se os gentios têm sido participantes dos valores espirituais dos judeus, devem também servi-los com bens materiais. Tendo, pois, concluído isto e havendo-lhes consignado este fruto, passando por vós, irei à Espanha. E bem sei que, ao visitar-vos, irei na plenitude da bênção de Cristo. Rogo-vos, pois, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e também pelo amor do Espírito, que luteis juntamente comigo nas orações a Deus a meu favor, para que eu me veja livre dos rebeldes que vivem na Judéia, e que este meu serviço em Jerusalém seja bem aceito pelos santos; a fim de que, ao visitar-vos, pela vontade de Deus, chegue à vossa presença com alegria e possa recrear-me convosco. (Rm 15:22-32)

No texto acima podemos verificar algumas questões:
- O claro interesse de Paulo em visitar a igreja em Roma;
- O plano de Paulo que incluía uma viagem a Espanha, onde de passagem visitaria a igreja em Roma, isso após passar por Jerusalém e deixar lá uma oferta levantada na Macedônia e na Acaia para os pobres dentre os santos;
- A confiança de que chegaria em Roma debaixo da bênção e pela vontade de Deus, para alegremente recrear-se com os irmãos;
- A consciência de que poderia enfrentar dificuldades em Jerusalém entre os "rebeldes", conforme fica claro em Atos 20:22-24:
E, agora, constrangido em meu espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que ali me acontecerá, senão que o Espírito Santo, de cidade em cidade, me assegura que me esperam cadeias e tribulações. Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus.
O Espírito Santo sempre nos avisa e nos prepara para enfrentarmos as adversidades. Mesmo sabendo que iria sofrer nas mãos de seus adversários (sempre haverá adversários em nossa jornada ministerial e cristã), Paulo não se acovardou, não abriu mão de cumprir o propósito de Deus para a sua vida.
Chegando em Jerusalém, Paulo foi recebido com alegria pelos irmãos (At 21:17-19), que em seguida expressaram uma preocupação pelos boatos espalhados por alguns judeus convertidos (At 21:20-22). Na sequência dos fatos, Lucas (At 21:27-26:32) nos narra toda a oposição, prisão, interrogatórios e a decisão de Paulo em apelar para ser julgado em Roma (At 25:11-12; 26:32).
A esta altura é interessante deixar claro que o desejo de ir a Roma não era um mero capricho de Paulo. Tudo fazia parte de um propósito divino. Durante aqueles momentos difíceis, o Senhor Jesus deixou claro para Paulo que tudo estava sob o seu controle e debaixo da sua vontade:
Na noite seguinte, o Senhor, pondo-se ao lado dele, disse: Coragem! Pois do modo por que deste testemunho a meu respeito em Jerusalém, assim importa que também o faças em Roma. (At 23:11)
Jesus disse numa visão que Paulo chegaria em Roma para lá testemunhar. Havia propósito. Você continua tendo visões espirituais e diretivas da parte de Deus? Jesus já disse onde você chegará? Disse onde pregará? Disse onde irá pastorear? Disse onde irá servi-lo? Fique certo que isso acontecerá. Basta apenas que você permaneça na vontade dele. Esse negócio "importa" para ele. Coragem!

A VIAGEM DE PAULO A ROMA

Os detalhes que envolve a viagem de Paulo a Roma estão narrados em Atos 27:1-28:31. Foi uma viagem repleta de imprevistos e perigos.

Entre os acontecimentos neste período destacam-se:

- O vento contrário que enfrentaram nas proximidades de Creta (27:7);
- As "advertências" (gr. parenei, admoestação, recomendação. O verbo no imperfeito indica uma ação que foi contínua) de Paulo (27:9-10) quanto aos perigos da viagem, que foram ignoradas pelo centurião que conduzia o grupo de prisioneiros (27:11). A experiência de Paulo com viagens marítimas de Paulo não foi considerada (2 Co 11.25);
- O tufão (gr. typhonikos), chamado Euroaquilão, termo composto por euros, o vento leste, e aquilo, do latim, o vento "norte" (STOTT, 2003, p. 439; KISTEMAKER, ibidem, p. 569, cf. Atos 27:14-20), que arrastou o navio com violência (v.15), deixando-o à deriva (v. 17). O navio podia estar à deriva, mas a vida e o destino de Paulo estavam na direção certa.
- A visão que Paulo teve durante a noite, em pleno navio, sobre a proteção de Deus naquelas circunstâncias (27:21-26). Diante do desespero e da ansiedade que tomou conta daqueles que estavam no navio, a postura firme e sóbria de Paulo fez a diferença. "Tenham bom ânimo", "não temas", foi a palavra de Paulo, firmada na promessa que lhe foi renovada de que ele chegaria à Roma, e de que nenhum daqueles que com ele se encontrava se perderia (27:24).
- Os milagres em Malta, onde ficou imune ante a picada de uma víbora (28:3-6), e onde orou pela cura do pai de Púbio e pelos enfermos da ilha(28:7-9). E meio às tribulações sofridas pela causa do evangelho ,Deus nos usa e nos honra para a glória dele (28:10).
- A chegada em Siracusa (28:12). A passagem por Régio e a chegada em Putéoli (28:13), um porto na baía de Nápoles, que fica a cerca de 193 km ao sul de Roma, onde de lá se chegava à Roma caminhando cerca de cinco dias. Nos tempos de Paulo, era um porto bem movimentado que vivia do comércio conduzido por Roma com o resto do mundo habitado. Alguns crentes que residiam em Putéoli foram se encontrar com Paulo. A comunidade cristã nessa cidade portuária pode ter surgido simultaneamente com a de Roma, quer seja por parte daqueles que retornaram de Jerusalém depois do Pentecoste por este porto (At 2:10), ou durante a expulsão dos judeus por Cláudio em 49 d.C. Paulo permaneceu a convite dos irmãos por sete dias em Putéoli, para em seguida se dirigir para Roma (KISTEMAKER, ibidem, p. 607-608).

Vento contrário, tufão, naufrágio, víbora, qualquer outro tipo de adversidade, obstáculo, impecilho ou barreira, não podem frustrar os planos de Deus para a nossa vida.

PAULO EM ROMA

Em Roma, após ser entregue ao general de dos exércitos, Paulo foi autorizado a morar sozinho, ficando sob a guarda de um soldado (28:16) e com correntes (28:20). Após três dias de sua chegada, Paulo convocou os principais dos judeus para expor a sua causa e testemunhar de Jesus. A sua fala e testemunho provocou uma grande contenda entre eles, pois alguns creram e outros não (28:17-29). Kistemaker (ibidem, p. 612) relata que:

Com base na informação fornecida pelos historiadores romanos e judeus (Suetônio, Tácito e Josefo), nós podemos estimar que uns 40 mil judeus viviam na cidade imperial na metade do século 1º. Pelas inscrições, sabemos que havia pelo menos dez sinagogas em Roma com líderes influentes. Esses líderes, então, se encontraram com Paulo para ouvirem-no sobre a razão de sua prisão.

Sobre os fatos que levaram Paulo a ser preso os líderes judeus nada sabiam (28:21). Sobre a Igreja (designada por eles de seita), afirmaram que em toda parte se falava contra ela (28:22). Foi dessa forma que a porta se abriu, para que em Paulo se cumprisse o propósito de Jesus.

A melhor estratégia de evangelização é aquela que o Senhor nos dá. Como o Senhor é tremendo! Os primeiros em Roma que ouviram o testemunho sobre Jesus dado por Paulo foram os líderes judeus, onde alguns creram (28:24). Quando líderes religiosos, políticos ou de qualquer outro segmento são alcançados pelo evangelho, ao se converterem acabam influenciando de alguma forma os seus liderados.

Paulo alugou umas casa, onde por dois anos recebia os irmãos que iam vê-lo (28:30). O livro de Atos termina relatando o trabalho de Paulo com o seguinte texto: "pregando o reino de Deus, e, com toda a intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo" (28:31).

Kistemaker (ibidem, p. 626), faz uma excelente observação ao chamar a prisão domiciliar de Paulo de "Central de Missões", e trabalha com a hipótese de que alguns soldados que vieram a fazer a guarda de Paulo acabaram sendo evangelizados e se convertendo. Dessa forma, continua Kistemaker, estes soldados ao serem transferidos para outras atividades e localidades acabavam se tornando missionários, evangelizando e testemunhando para os seus oficiais, outros soldados, presos e familiares.

Stott (2003, p. 454-455) vai mais além e afirma crer que Paulo compareceu diante de Nero, se cumprindo assim a promessa de Jesus de ele chegar a Roma (23:11), e a segunda promessa de comparecer perante César (27:24), onde proclamou a Cristo fielmente na corte mais prestigiada do mundo, à pessoa mais prestigiada do mundo.

Lucas conclui o livro sem relatar a liberação de Paulo, as demais viagens que realizou, o seu segundo encarceramento, as epístolas escritas na prisão e sua morte. Duas correntes mais fortes, dentre algumas outras, existem sobre o fato:

- A primeira é a de que Paulo foi julgado e inocentado, ou o governo romano abriu mão do processo contra ele (SHERWIN-WHITE, p. 118-119 apud MARSHALL, 1982, p. 396). Stott (ibidem, p. 456-457) segue essa linha, alegando que as cartas pastorais evidenciam isso, e que ele reassumiu suas viagens por mais dois anos, antes de ser preso novamente, julgado, condenado e executado em 64 d.C.

- A segunda é a possibilidade de que Paulo foi julgado e executado a esta altura (final dos dois anos), mas que Lucas não quis registrar o seu martírio, visto que já dera indicações indiretas no decurso da narrativa de Atos 20:23-25; 38; 21:13; 23:11; 27:24 (Ibidem). Marshall considera o destino de Paulo aqui como uma questão secundária, e termina seu comentário com a declaração de que: "nada que os homens são capazes de fazer é suficiente para impedir o progresso e vitória final do evangelho". BOOR (ibidem, p. 370) diz que o destino de Paulo, diante do cumprimento das promessas e da pregação e testemunho do evangelho em Roma "não tem importância".

CONCLUSÃO

Neste caminhar ao destino que o Senhor estabeleceu para nós, nem sempre a forma e as circunstâncias são as que idealizamos ou planejamos. Pensamos de um jeito e Deus faz de outro. O jeito que Ele faz é sempre o melhor, mesmo que a princípio fiquemos confusos e até com dúvidas, mesmo que implique em grande sofrimento e tribulação para nós.

Não nos preocupemos como vamos chegar. Apenas confiemos e esperemos Nele.
Chegaremos e realizaremos a Sua vontade e propósito!
Coragem!
Ânimo!

REFERÊNCIAS

Bíblia de Estudo Almeida. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.

BECKER, J. Apóstolo Paulo: vida, obra e teologia. São Paulo: Academia Cristã, 2007.

BOOR, Weiner de. Atos dos Apóstolos. Curitiba-PR: Esperança, 2003.

KISTEMAKER, Simon. Atos. São Paulo: Cultura Cristã, 2006. v.1

MARSHALL, I. Howard. Atos: Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1982.

Novo Testamento interlinear grego-português. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2004.

POHL, Adolf. Carta aos romanos. Curitiba-PR: Esperança, 1999.

REGA, Lourenço Stelio; BERGMANN, Johannes. Noções do grego bíblico: gramática fundamental. São Paulo: Vida Nova, 2004.

Roma Antiga. Disponível em http://wikipedia.org. Acesso em 22/03/2011

STOTT, John R. W. A mensagem de Atos: Até os confins da terra. São Paulo: ABU, 2003.

___. A mensagem de Romanos. São Paulo: ABU, 2007.

WILLIAMS, David J. Novo Comentário Bíblico Contemporâneo: Atos. São Paulo: Vida, 1996.

sexta-feira, 18 de março de 2011

AS VIAGENS MISSIONÁRIAS DE PAULO. Subsídio para Lição Bíblica 1º Trimestre/2011


Nesta 12ª Lição, que trata sobre as viagens missionárias de Paulo, devido a grandeza e extensão das mesmas (precisaríamos de um trimestre inteiro para estudá-las com maior profundidade e detalhes), me deterei em extrair lições práticas de alguns eventos.

COMISSIONADOS PELO ESPÍRITO SANTO

"Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, por sobrenome Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes, o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram. Enviados, pois, pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre." (Atos 13.1-4)


A chamada de Paulo e Barnabé para a obra missionária é um grande referencial para nós na atualidade. Observemos alguns princípios:


- E, servindo eles ao Senhor e jejuando

Paulo e Barnabé já estavam envolvidos com várias atividades na igreja, antes de serem comissionados para a obra missionária. Já testemunhei a "chamada" de pessoas para obra que não estavam envolvidos com nenhuma atividade na greja local, além de estarem acomodados em relação aos estudos e trabalho secular.

Há muitos na igreja querendo trabalhar em tempo integral apenas visando segurança e estabilidade financeira. Os homens e as mulheres de Deus que ao longo da Bíblia e da história foram chamados para grandes obras, estavam envolvidos com atividades diversas na igreja ou fora dela (Êx 3:1-10; Jz 6.:1-14; 1 Sm 16.1-13; Mt 4.:8-22, e etc). Deus chama trabalhadores para a sua obra, e não preguiçosos e acomodados.


Eles jejuavam com regularidade. Paulo e Barnabé eram mestres, que juntamente com os demais líderes e obreiros da igreja em Antioquia entendiam a importância espiritual do jejum. Oração e jejum são práticas necessárias para o equilíbrio entre intelectualidade e espiritualidade, saber e poder espiritual (Mt 6:16, 17:21, etc) .


- Disse o Espírito Santo

Nos dias atuais o Espírito Santo deixou de ser ouvido em muitas separações de obreiros e de líderes, para as mais diversas atividades na igreja. Quem "diz" agora, em muitos casos, não é mais o Espírito, mas as circunstâncias ou os interesses pessoais. A voz do Espírito está sendo sufocada, negligenciada e calada. A razão? Muitos dos que hoje são diáconos, presbíteros, evangelistas, pastores ou que exercem outras funções ou ministérios na igreja, nunca foram chamados e comissionados pelo Espírito, pois são escolhas de homens, feitas pelas mais diversas razões e interesses. Quem não é chamado pelo Espírito não servirá, não produzirá e não realizará a obra que apenas os vocacionados e capacitados por Ele podem realizar (Lc 4:18; At 10:38; 20:28, etc).

- Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado

No grego, a expressão "separai-me" (aforisate de moi), literalmente "separai par mim", nos revela que a separação para a obra missionária, ou para qualquer outro ministério e serviço é uma separação "para" o Espírito, ou seja, o separado está agora sob o cuidado, orientação e à inteira e plena disposição do Espírito (At 16:6-10; 20:22-24 e etc). Como é bom quando temos a convicção de que foi o Espírito quem nos enviou ou nos comissionou para realizarmos a sua obra(At 13:4).


PAULO E BARNABÉ NÃO BUSCAM E NEM ACEITAM A GLÓRIA HUMANA

"Em Listra, costumava estar assentado certo homem aleijado, paralítico desde o seu nascimento, o qual jamais pudera andar. Esse homem ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos e vendo que possuía fé para ser curado, disse-lhe em alta voz: Apruma-te direito sobre os pés! Ele saltou e andava. Quando as multidões viram o que Paulo fizera, gritaram em língua licaônica, dizendo: Os deuses, em forma de homens, baixaram até nós. A Barnabé chamavam Júpiter, e a Paulo, Mercúrio, porque era este o principal portador da palavra. O sacerdote de Júpiter, cujo templo estava em frente da cidade, trazendo para junto das portas touros e grinaldas, queria sacrificar juntamente com as multidões. Porém, ouvindo isto, os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgando as suas vestes, saltaram para o meio da multidão, clamando: Senhores, por que fazeis isto? Nós também somos homens como vós, sujeitos aos mesmos sentimentos, e vos anunciamos o evangelho para que destas coisas vãs vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que há neles; o qual, nas gerações passadas, permitiu que todos os povos andassem nos seus próprios caminhos; contudo, não se deixou ficar sem testemunho de si mesmo, fazendo o bem, dando-vos do céu chuvas e estações frutíferas, enchendo o vosso coração de fartura e de alegria. Dizendo isto, foi ainda com dificuldade que impediram as multidões de lhes oferecerem sacrifícios." (At 14.8-18)
Assim como nos dias de Paulo, multidões diariamente desejam "sacrificar" aos pregadores da atualidade. A mentalidade idólatra é a mesma. O pior é que muitos aceitam e promovem o sacrifício a si mesmos. Em vez de impedir as multidões, incentivam as mesmas. Quanto mais idolatrados, mas gostam, mas querem, mais desejam.
Em plena sociedade do espetáculo, influenciados por uma cultura narcísica, muitos pregadores buscam ansiosamente pela glória do púlpito, pela fama, pela glória humana.
Os referenciais bíblicos são mais uma vez necessários, para que toda uma geração de novos pregadores possa retornar à palavra, tendo-a como modelo e referência para o ministério da pregação.
Observemos também o exemplo de Pedro:
"No dia imediato, entrou em Cesaréia. Cornélio estava esperando por eles, tendo reunido seus parentes e amigos íntimos. Aconteceu que, indo Pedro a entrar, lhe saiu Cornélio ao encontro e, prostrando-se-lhe aos pés, o adorou. Mas Pedro o levantou, dizendo: Ergue-te, que eu também sou homem." (At 10.24-26)

Pedro, o primeiro a pregar após o derramar do Espírito em Pentecostes, com um ministério marcado por curas e libertações, ao ser recebido pelo centurião Cornélio, foi adorado pelo mesmo, mas não alimentou tal atitude, pelo contrário, ordenou que se levantasse, pois era homem tanto quanto ele, falho imperfeito e limitado. Pedro entendia que era a graça de Jesus que operava por sua vida. Hoje, ao contrário de Pedro e Paulo, muitos pregadores buscam adoradores para si mesmos.
Que os pregadores, missionários, pastores e demais líderes da atualidade possam aprender com os grandes exemplos de Pedro e Paulo.

A RUPTURA COM BARNABÉ

"Decorridos alguns dias, disse Paulo a Barnabé: Tornemos a visitar os irmãos por todas as cidades em que temos anunciado a palavra do Senhor, para ver como vão. Ora, Barnabé queria que levassem também a João, chamado Marcos. Mas a Paulo não parecia razoável que tomassem consigo aquele que desde a Panfília se tinha apartado deles e não os tinha acompanhado no trabalho. E houve entre eles tal desavença que se separaram um do outro, e Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. Mas Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu encomendado pelos irmãos à graça do Senhor. E passou pela Síria e Cilícia, fortalecendo as igrejas." (Atos 15. 36-41)

Isso mesmo, Paulo e Barnabé se desentenderam e se separaram. Até homens de Deus se desentendem e se separam. Cada um seguiu o seu caminho. Qual dos dois foi o rebelde? Qual dos dois deixou de ser abençoado por Deus em razão da "divisão"? Qual dos dois era o menos espiritual?


Estou aqui fazendo apologia a qualquer tipo de desentendimento ou divisão? Deus me guarde disso! Sei que há na igreja milhares de divisões promovidas e mantidas por Satanás e seus demônios. Há ainda outras divisões, resultado do desejo cego de alguns homens pelo poder ou para tirar alguma vantagem pessoal da situação.

Há também divisões causadas e mantidas por uma vida de baixa moral e de péssimo testemunho por parte daqueles que fazem o "ministério" ou a "liderança". Há muitas igrejas que surgiram da ganância, da opressão e da arrogância de líderes inchados, sectários, pretensiosos, vaidosos e pedantes, que não respeitam o próximo, não sabem conviver com diferenças de opiniões, que não conversam e discutem, que tentam impor a força os seus caprichos ou pontos de vistas. A postura desses líderes, não apenas gera divisão, mas fomenta, alimenta e perpetua as já existentes.


A Bíblia nos recomenda: "se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens;" (Rm 12.18)


EM DIREÇÃO À...

Um outro fato notório nos dias atuais é a abertura de alguns trabalhos, por certos líderes que afirmam estar na direção do Espírito. É vergonhoso o qua acontece no Brasil, quando igrejas são abertas com o claro interesse de se ganhar dinheiro ou por mera competição.
Todos os dias, inclusive noticiado em plena televisão, os "donos" de algumas igrejas anunciam que estão abrindo novos trabalhos para "abençoar o povo de Deus" e "ganhar almas para Jesus".

Minha pergunta é bem direta: Por qual razão tais ministérios e líderes só abrem trabalhos nas principais cidades do país, nos melhores bairros e avenidas? Por quais motivos não abrem os trabalhos nas regiões economicamente carentes, geograficamente distantes e missionariamente esquecidas? A resposta é que buscam visibilidade. Estão a procura de grandes e lucrativos "negócios". Isso mesmo, igreja, para muitos já virou negócio faz tempo e são abertas como se abre uma loja ou um comércio qualquer. Tudo é pensado "estrategicamente". A visão não é a do Espírito, é a empresarial. É bem provável que você já tenha sido convidado para congregar ou contribuir financeiramente na qualidade de "sócio" de um destes ministérios e líderes.

Antigamente, nas Assembleias de Deus no Brasil, o trabalho se iniciava em localidades onde não havia ainda igrejas ou crentes, geralmente na casa de algum irmão. Hoje, nas Assembleias de Deus, o trabalho é aberto em lugares onde já há muitos crentes, onde já existe uma igreja estabelecida, bem organizada e atuante. Uma Assembleia de Deus é aberta ao lado ou bem próximo de outra.

Grandes templos são construídos, por pura vaidade, competição ou para dar "o troco".
Os templos monumentais voltaram a ser símbolos do poder de quem os constrói, monumentos erguidos à memória de seus edificadores:

"Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra." (Gn 11.4)

"Ora, Absalão, quando ainda vivia, levantara para si uma coluna, que está no vale do Rei, porque dizia: Filho nenhum tenho para conservar a memória do meu nome; e deu o seu próprio nome à coluna; pelo que até hoje se chama o Monumento de Absalão." (2 Sm 18.18)

"falou o rei e disse: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e para glória da minha majestade?" (Dn 4.30)

Precisamos de grandes espaços? Em alguns casos sim. Quanto isso acontecer, a construção não deve abusar do luxo.

Enquanto por aqui (nos grandes centros urbanos) dinheiro, energia e tempo são jogados no lixo pelo orgulho e vaidade humana, milhões no mundo não foram ainda alcançados pela obra missionária. Não ouviram a mensagem do Evangelho.

Que a direção do Espírito seja retomada por todos nós e urgentemente.

Que os princípios bíblicos voltem a orientar o nosso modelo de fazer missões.

Que o exemplo de abnegação, coragem, fé e poder de Paulo e Barnabé estejam presentes na vida de cada missionário.

Pr. Altair Germano

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - 2° TRIMESTRE/2011




A Lição Bíblica da CPAD - 2º Trimestre/2011 terá como tema geral "Movimento Pentecostal: As doutrinas da nossa fé". O comentarista será o pastor Elienai Cabral.

Segue abaixo os temas semanais:

1. Quem é o Espírito Santo?
2. Nomes e símbolos do Espírito Santo
3. O que é o Batismo com o Espírito Santo?
4. Espírito Santo agente capacitador da obra de Deus
5. A importância dos dons espirituais
6. Dons espirituais que manifetam a sabedoria de Deus
7. Os dons de poder
8. O genuíno culto pentecostal
9. A pureza do movimento pentecostal
10. Assembleia de Deus, cem anos de Pentecoste
11. Uma igreja autenticamente Pentecostal
12. Conservando a pureza da Doutrina Pentecostal
13. Aviva ó Senhor a tua obra

Fonte: Blog do Ev. Jailson Trajano
Aproveito a ocasião, para mais uma vez comunicar aos irmãos o lançamento de meu mais novo livro: O Batismo com o Espírito Santo - Perspectivas sob uma olhar crítico do pentecostalismo clássico.

Nesta obra apresento a perspectiva pentecostal clássica sobre o Batismo com o
Espírito Santo, a partir de alguns dos principais expoentes desta teologia, dentre os quais: Antonio Gilberto, Claudionor de Andrade, Eurico Bergstén, Stanley Horton e Myer Pearlman.

Exponho também as perspectivas sobre o Batismo com o Espírito Santo, expostas por nomes como John Stott, Wayne Grudem, Martyn Lloyd-Jones, Erroll Hulse, J. I. Packer, Enéas Tognini, Augustus Nicodemus, Hernandes Dias Lopes e outros, revelando as concordâncias e discordâncias entre o pensamento destes teólogos e escritores sobre o tema, e em relação ao posicionamento pentecostal clássico.

As questões envolvendo o Batismo com o Espírito Santo que trato são: O Batismo com o Espírito Santo como experiência distinta da regeneração, a atualidade do Batismo com o Espírito Santo e o uso da terminologia "Batismo com o Espírito Santo".

O meu desejo é que esta obra de alguma forma dê a sua contribução para a lição do trimestre e para as discussões em torno dos assuntos nela abordados.

Para adquirir o livro, as livrarias e os demais interessados devem entrar em contato com a Arte Editorial através do e-mail editora@arteeditorial.com.br ou pelo fone (11) 3923 0009.

Até que chegue às livrarias (e mesmo após isso), os amados companheiros e irmãos poderão também adquirir a obra nos eventos onde estarei participando ou ministrando, conforme a agenda publicada neste blog.

A paz do Senhor Jesus seja convosco.

Pr. Altair Germano